Cool hunting – a pesquisa de tendências

Cool hunting e futurologia são dois termos criados no inicio dos anos 90 para designar os profissionais que fazem pesquisa de tendências. Essas tendências não são apenas de moda, mas principalmente de comportamento.

A pesquisa de moda hoje não pode (e nem deve!) se basear apenas em ver desfiles ou os materiais que as empresas de tecido oferecem. É necessário ir além. Isso inclui estar presente em áreas que não necessariamente tenham a ver com moda.

A base da pesquisa

O cool hunter é a pessoa responsável por fazer esta pesquisa de campo. Ela é responsável por acompanhar as pequenas comunidades ou tribos que possam emergir nos próximos anos, por exemplo. Este trabalho é extenso e exige uma percepção e empatia aguçada.

Esta pesquisa geralmente é feita em circuitos que não estão na moda ou que ainda são desconhecidos pela maior parte da população. O cool hunter acompanha de perto todo e qualquer novo movimento artístico e o nascimento de novas estéticas. As viagens a lugares remotos e os desejos apontados pelos consumidores nas redes sociais são parte fundamental desta pesquisa.

Podemos considerar que a base deste trabalho é observar o consumidor. O consumidor sempre indica os próximos passos, geralmente de uma forma subconsciente. Cabe ao cool hunter trazer suas necessidades à tona.

Este tipo de pesquisa vem antes de qualquer coleção. Os grandes bureaux de pesquisa (como WGSN e o de cores Pantone) apontam para as marcas e tecelagens um grande compilado de destas previsões e caminhos a serem seguidos. Esta pesquisa pode ser aplicada em todos os segmentos que tenham o consumo como base, desde serviços a produtos.

A pesquisa na moda

O trabalho de um designer de moda é ficar constantemente conectado a tudo que acontece no mundo. Tudo pode servir de inspiração ou dar uma ideia de um novo produto. Observar o consumidor dá a um bom designer toda a informação necessária para fazer um produto adequado e acertado.

Nem sempre a tendência que está sendo exaustivamente executada é o que o consumidor precisa. Muitas vezes este consumidor não tem escolha e acaba comprando o que está todo mundo usando. Ai entra o trabalho de um bom designer: identificar as lacunas entre as tendências e dar ao consumidor algo que não está sendo comercializado.

Os desfiles também fazem parte da pesquisa. Eles representam a consolidação da tendência proposta e trazem a interpretação que cada designer fez dela. Cada marca possui um estilo particular e cabe ao designer (na hora da criação) analisar se aquela tendência tem a ver ou não com o estilo da marca.

Um exemplo prático: a tendência das cores neon chegou em meados de 2017 e permanece in voga desde então. Muitas marcas interpretaram a tendência a seu modo e outras optaram por não aderir, justamente por não ter a ver com o estilo.

A pesquisa é a base de nosso trabalho aqui na Zannt. A Fernanda (CEO da Zannt e responsável pelas coleções) é cool hunter e está sempre com o radar ligado para novidades. A pesquisa é o que norteia nosso trabalho e entender as necessidades do consumidor se tornou nossa missão. O resultado disso? Coleções pensadas na necessidade da mulher e na versatilidade do nosso dia a dia.

 

 

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